Vereador defende continuidade do SOME

Durante audiência com o prefeito Domingos Juvenil, o vereador Victor da Foccus discutiu o atual sistema de ensino aplicado em todo o estado, e defendeu a continuidade do Sistema de Organização Modular de Ensino - Some. Acompanhado de técnicos da área da educação, Victor, e o prefeito de Altamira concordaram que o atual sistema precisa ser ampliado, e que modificações e melhorias seriam bem vindas, mas discordam do fim do programa que já formou centenas de estudantes em toda a região. 

Após o anúncio de extinção do Sistema de Organização Modular de Ensino (Some) pelo governo do estado do Pará, cerca de 35 mil alunos vinculados ao sistema ficaram ameaçados, e podem perder o direito de concluir o ensino médio. A medida tomada pelo governo foi anunciada em 2016, e desde então vem sendo estudada por diversos especialistas, que aguardam definição sobre o novo sistema informatizado de ensino à distância. "O governo quer que usemos aqui no Pará o mesmo sistema aplicado no Amazonas por exemplo, onde os alunos recebem o conteúdo programático via videoaula, mas além da internet ruim, há outro detalhe, energia, nós temos inúmeras vilas e comunidades sem energia, como levar educação à distância para um lugar assim?", destacou o parlamentar. 

O sistema citado pelo vereador Victor da Foccus é um modelo de ensino à distância, adaptado para comunidades rurais. Nesse modelo, os professores ministram as aulas a partir de um estúdio de transmissão. Todas as aulas são gravadas, e incluídas em uma plataforma, que é aberta para as turmas, e gerenciada pelo coordenador local. O sistema ainda conta com um tutor, que é a figura de um professor para tirar dúvidas e explicar o conteúdo que não foi completamente assimilado pelo aluno. Apesar de moderno, o sistema ainda está sendo analisado em grande parte do país, e passa por reformulações. 

Para ser implementado o sistema informatizado necessita de equipamentos de última geração, salas com monitores, computadores, e laboratórios para realização das provas, um custo ainda não contabilizado pelo estado. Outro detalhe diz respeito ao tempo resposta de ação do tutor. Se um aluno precisar tirar uma dúvida e ocorrer falta de energia na vila, ou o sinal da internet é suspenso pelo mal tempo, será preciso esperar. Esses pontos negativos incomodam o vereador Victor da Foccus, segundo o parlamentar são problemas demais para garantir o sucesso e o aprendizado do aluno. "Com o Some o professor está na sala, está na comunidade, e por um período de 45 dias ou mais, o aluno tem a garantia de sua presença", afirma. 

#VamosJuntos 


Foto: UOL/SP Alunos assistem aula em escola de Parintins 







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