Vereador cobra respostas do Estado após morte do prefeito de Tucuruí
"Parlamentar diz que a sociedade não aguenta mais tanta insegurança"
“Nós precisamos de segurança, a
população não aguenta mais viver sob pressão 24 horas por dia”, declarou o
vereador Victor da Foccus durante a sessão de encerramento dos trabalhos no
primeiro semestre de 2017, na câmara de vereadores em Altamira. Dias depois, a
cidade registrou mais mortes, roubos, furtos, e prisões por tráfico de drogas em
uma guerra que a cada dia que passa parece perdida para a sociedade. O
parlamentar tem denunciando a insegurança, e cobrado explicações.
O cenário vivenciado pelos
altamirenses não difere do medo e revolta sentidos pelos paraenses nos 144
municípios do estado. O cidadão não vê a aplicação de seus impostos, e sente na
pele o resultado. As vítimas são quem estiver na rua; quem estiver dentro de
casa; quem for passar no semáforo; quem parar; quem estiver viajando de ônibus;
que estiver no ponto do transporte coletivo. Não há um tipo de alvo, apenas
vítimas, só vítimas. E a cada dia que passa, o número de homicídios no Pará se
multiplica assustadoramente.
A violência descabida vivenciada pelo
paraense atinge também os representantes do poder público. Em maio, o prefeito
de Breu Branco, Diego Kolling (PSD), foi assassinado a tiros enquanto fazia uma
corrida matinal de bicicletas. Nesta terça-feira (25), a vítima foi o prefeito
de Tucuruí, Jones William (PMDB), moto a tiros no meio da rua enquanto
fiscalizava uma obra pública. Eles não foram os únicos, em 2016 o prefeito de
Goianésia, João Gomes da Silva (PR) também foi vítima de criminosos, assim como
policiais miliares, juízes, promotores.
Há meses o vereador Victor da
Foccus critica a política de segurança do estado, e reclama da falta de compromisso
do governo com a população. Mais de R$ 100 milhões de reais foram destinados pela
construção da obra da hidrelétrica Belo Monte para a secretaria de segurança
pública do Pará, mas o que se vê nas ruas de Altamira, e das cidades impactadas
pelo empreendimento, é o avanço da criminalidade. No topo da lista das mais
violentas do país, a cidade sofre, e como o restante do estado, segue renovando
o luto a cada morte.
O parlamentar já demonstrou
várias vezes sua insatisfação com a falta de diálogo do governo, e com mais
essa morte, cobra do estado uma explicação à sociedade: “A população está
esperando, o povo quer saber onde vão parar seus impostos, porque as cidades
paraenses ficaram assim. Não temos tranquilidade para levar nossos filhos à
escola, e quando vemos autoridades sendo assassinadas no meio da rua, não
conseguimos imaginar o que de pior ainda pode acontecer. O governo deve uma resposta
ao povo paraense, e essa resposta é urgente”, declarou o vereador Victor da
Foccus.
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